“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar
boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito
Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11.13).
Lucas descreve uma palavra surpreendente
de Jesus: “quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho
pedirem?” Ora, Jesus não estava falando para quem ainda não tinha o Espírito
Santo na condição de salvo; Ele se dirigia especialmente aos Seus discípulos.
Logo, não se trata de uma palavra
evangelística. Assim, creio que Jesus está se referindo propriamente à
plenitude, ou ao batismo do Espírito Santo.
O que Mateus diz, referindo-se às “boas dádivas”, está diretamente relacionado com o que Lucas diz ser o próprio
Espírito Santo que nos seria concedido em resposta à oração. Assim como Jesus
fez a distinção entre atitudes boas humanas da atitude divina;
creio que não há como comparar qualquer
“boa dádiva” materialmente com a boa dádiva divina, o próprio Espírito Santo.
Tiago
também afirma: “Não vos enganeis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do
alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de
mudança. Pois, segundo o seu querer, ele
nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das
suas criaturas” (Tg 1.16-18). Logo, se fazemos alguma coisa boa, não é por nós
mesmos, nem vem de nós o que é bom. É o Senhor quem nos proporciona, “segundo o
seu querer”, as boas dádivas. Porém, o Espírito Santo é incomparável, Ele não é
uma boa dádiva, Ele é A BOA DÁDIVA, ou O Dom precioso de Deus para nós.
Quando
pedimos o Espírito Santo, pedimos o que há de melhor – a plenitude do
Espírito Santo. Certamente há de ser a plenitude, ou o preenchimento de todas
as nossas necessidades, tanto materiais como espirituais. Ele preenche toda a
nossa necessidade. Ele é Deus presente
em nós, é o Consolador que Jesus nos
deixou. A plenitude do Espírito Santo é a nossa maior carência. Deveria ser a
nossa maior ambição, nosso pedido mais
constante e veemente. Só Ele pode nos bastar, nos completar e nos consolar
realmente.
Vanderlei Faria