sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A INTREPIDEZ DE PEDRO E JOÃO

Textos: Atos 2.l4-36; 3.11-26; 4.l-22; 7.l-56
Texto áureo: Atos 4.l3 – “Então eles, vendo a ousadia (intrepidez) de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento que eles haviam estado com Jesus”.

Introdução: No próximo domingo, vamos estudar 4 grandes discursos, todos ocorridos na seqüência da ação evangelística da Igreja Primitiva, especialmente após o grande milagre de Pentecostes, o do Paralítico de Nascença e diante de autoridades judaicas, temas que vamos estudar oportunamente.

O autor da lição, Dr.Almir, nos lembra que na antiguidade qualquer teoria ou idéia que se desejasse fosse conhecida, teria que ser através de viva-voz, isto é, da palavra falada porque a escrita era muito precária. Daí o aparecimento dos grandes oradores do passado, como Platão, Sócrates e outros. O mesmo aconteceu no âmbito espiritual. Deus se revelou a homens, alguns indoutos, como Pedro, João e Estevão e a doutores, como o apóstolo Paulo, para revelar ao mundo a salvação em Cristo Jesus.

Primeiro Sermão – O Sermão de Pentecostes (Atos 2.2.l4-36) – A manifestação do Espírito.
DESTAQUES: 1. O pregador dele e mais dois sermões no texto foi Pedro, o impetuoso e rude pregador do Mar de Tiberíades, o humilde e tímido galileu, com suas virtudes e fracassos, mas que agora é usado poderosamente por Deus. Alguém escreveu “Homens a Quem Jesus Fez”, retratando a vida de 11 dos discípulos de Jesus.O último capítulo: O Homem a quem Jesus não pôde fazer (Judas Iscariotes). E o verso-tema do livro foi: “Vinde a mim...e eu vos farei”. Pedro foi “feito” por Jesus. Jesus quer fazer cada um de nós.

Segundo destaque: O momento de proferir aquele sermão foi propicio, tendo em vista que foi a ocasião da Descida do Espírito Santo, e o verso l2 deste capitulo 2 trouxe a motivação do sermão: “E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?”.

Terceiro destaque: Este sermão confirma o poder do Espírito Santo manifesto na vida de quantos obedecem o Evangelho. Intrepidez quer dizer coragem, coragem, ausência de temor. Vejam e destaquem os versos 33 a 36): “A esse mesmo Jesus a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”.

Vejam o resultado deste sermão nos versos 37-41.

Segundo Sermão – O Sermão da Afirmação – At. 3.11—4. 4 – Diante da Porta Formosa.
DESTAQUES – Primeiro: A motivação do sermão foi a cura do paralítico da porta do templo chamada formosa. Eu diria, no entanto, que tudo começou com a ida de Pedro e João para uma reunião de oração às 3 da tarde. Nenhum crente pode minimizar o valor de um momento de oração. Um coxo estava ali para pedir uma esmola e pelo poder de Deus ganhou mais que isto: sua cura completa. O milagre fez que o povo ajuntasse e aí veio a oportunidade áurea. Deus mesmo curou o paralítico para que o povo viesse... Lembrar o episódio da grande chuva no tabuleiro da baiana, impedindo o povo de sair.

Segundo destaque: Foi um sermão afirmativo: a) afirmou a manifestação messiânica do Filho de Deus (12-13). O crédito da cura não era de Pedro e João, e sim de Jesus. Os discípulos foram apenas os instrumentos. Esse Jesus prometido desde a antiguidade foi o grande herói, embora a Elite Religiosa do tempo o desprezasse; b) esse sermão afirmou que aqueles religiosos judeus, orgulhosos, foram os responsáveis pela morte de Cristo (vs, 14-15); c) aquele memorável sermão afirmou que há possibilidade de perdão para os crimes que eles cometeram, pelo arrependimento de seus pecados e conversão a Cristo (17-19). David Gomes dizia: Ninguém é tão bom que não precise de perdão. E ninguém é tão mau que não possa ser perdoado...

Terceiro destaque: Foi um sermão duro e corajoso (talvez o mais duro sermão de Pedro), a ponto de colocar Pedro e João na prisão (4.1-3-4). E o próximo sermão vai ter como “pano de fundo” esta rivalidade e oposição dos judeus teimosos e maldosos, que seguravam com mão forte uma religião sem vida, morta, e obrigavam o povo a segui-la.


Terceiro Sermão: - o sermão do Antagonismo Religioso (Diante do Sinédrio).- At.4:5-22. Talvez as autoridades judaicas estivessem pensando: “Agora sim, esses dois pobretões, iletrados e indoutos, que estão diante do Sinédrio, vão se atemorizar, e entregar os pontos...pois nós somos os donos da verdade”.
DESTAQUES – Primeiro: Eles foram lançados na prisão por uma noite, mas seu moral não se abateu, antes eles foram sustentados pelo mesmo Poder que os dirigia. Como aconteceu na fornalha de fogo ardente, quando o rei viu um personagem, alem de Sadraque, Mesaque e Abdenego (a Pessoa de Jesus), assim na prisão em Jerusalém, Jesus estava com os apóstolos, e os confortava e os preparava para o grande sermão do dia seguinte.
Segundo Destaque: Mais uma vez, a coragem, a intrepidez dos homens de Deus: “Em nenhum outro há salvação...” (4.12). – E veja também os vs. 19 e 20. Quando uma sociedade perdida e ignorante adora milhões de deuses estranhos, é preciso que lhes digamos, mais pela vida do que pela palavra, que sem Jesus estão perdidos.
Terceiro Destaque: As forças antagônicas do tempo, o sinédrio, a liderança do templo, a corte de Herodes e mesmo o império de César, não podiam resistir à força espiritual dos homens de Deus, Pedro e João e Estevão, este no quarto sermão. Não há, até hoje, uma conciliação entre cristianismo e religião judaica, porque um proclama a Graça e outra proclama a Lei e seus rituais ultrapassados. O que precisamos é pregar a mesma mensagem do passado, chamando os homens para Jesus.

Quarto Sermão:- O Sermão da Contradição Histórica ( At.7.l-56) – Contradição, porque os judeus interpretavam a história do seu povo de modo egoísta. Eles eram o “dono do pedaço”. A lei, o sacerdócio, as profecias, tudo canalizava para sua cultura tradicional e religiosa. Mas Estevão vai dar-lhes uma aula de história bíblica que eles jamais haviam tido, e por isso, mais enraivecido ficaram e chegaram onde queria: o argumento da força, a ponto de apedrejar nosso querido irmão Estevão.

Primeiro Destaque: Estevão era mesmo um homem especial, confirmando-se o que está em Atos 6.5 – homem cheio de fé e do Espírito Santo – Aqui está toda a diferença! E ninguém pode com um homem assim! O texto é claro: “E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (6.10).

Segundo Destaque: Este sermão não foi interrompido uma só vez. Quero crer que um silencio sepulcral tomou conta do ambiente enquanto Estevão falava. Foram 52 versículos de graça, poder, conhecimento histórico, convicção e verdade. Este sermão foi um verdadeiro “murro” no rosto daqueles orgulhos e incrédulos judeus da liderança religiosa. E só podia dar no que deu. Tornou-se nosso irmão no primeiro mártir do cristianismo.

Terceiro Destaque: A palavra “mártir” tem o significado de “testemunha” no original grego. Você e eu somos testemunhas porque Jesus disse: “E sereis minhas testemunhas”. Será, amados, que estamos prontos a morrer por Jesus, como testemunhas dele? Mas atenção, para morrer por Cristo é preciso viver a vida de Cristo. Há muitos que querem viver “sua vida”. Mas Paulo, outra fiel testemunha, diz: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”.

Conclusão: Vamos às lições que tão bem Almir Gonçalves desta à página 19, começando por “será?”
Que Deus a todos abençoe no estudo desta linda e preciosa lição!.


Pr.Enéas-

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